sábado, 1 de dezembro de 2007

O primeiro livro de cada uma de minhas vidas


Nome Autor(a): Lispector, Clarice

Perguntaram-me uma vez qual fora o primeiro livro de minha vida. Prefiro falar do primeiro livro de cada uma de minhas vidas. Busco na memória e tenho a sensação quase física nas mãos ao segurar aquela preciosidade: um livro fininho que contava a história do patinho feio e da lâmpada de Aladim. Eu lia e relia as duas histórias, criança não tem disso de só ler uma vez; criança quase aprende de cor e, mesmo quase sabendo de cor, relê com muito da excitação da primeira vez. A história do patinho que era feio no meio dos outros bonitos, mas quando cresceu revelou o mistério: ele não era pato e sim um belo cisne. Essa história me fez meditar muito, e identifiquei-me com o sofrimento do patinho feio – quem sabe se eu era um cisne?
Quanto a Aladim, soltava minha imaginação para as lonjuras do impossível a que eu era crédula: o impossível naquela época estava ao meu alcance. A idéia do gênio que dizia: pede de mim o que quiseres, sou teu servo – isso me fazia cair em devaneio. Quieta no meu canto, eu pensava se algum dia um gênio me diria: “Pede de mim o que quiseres.” Mas, desde então, revelava-se que sou daqueles que têm que usar os próprios recursos para ter o que querem, quando conseguem.
Tive várias vidas. Em outra de minhas vidas, o meu livro sagrado foi emprestado porque era muito caro: ‘Reinações de Narizinho’. Já contei o sacrifício de humilhações e perseveranças pelo qual passei, pois, já pronta para ler Monteiro Lobato, o livro grosso pertencia a uma menina cujo pai tinha uma livraria. A menina gorda e muito sardenta se vingara tornando-se sádica e, ao descobrir o que valeria para mim ler aquele livro, fez um jogo de “amanhã venha em casa que eu te empresto”. Quando eu ia, com o coração literalmente batendo de alegria, ela me dizia: “Hoje não posso emprestar, venha amanhã”. Depois de cerca de um mês de venha amanhã, o que eu, embora altiva que era, recebia com humildade para que a menina não me cortasse de vez a esperança, a mãe daquele primeiro monstrinho de minha vida notou o que se passava e, um pouco horrorizada com a própria filha, deu-lhe ordens para que naquele mesmo momento me fosse emprestado o livro. Não o li de uma vez: li aos poucos, algumas páginas de cada vez para não gastar. Acho que foi o livro que me deu mais alegria naquela vida.

Clarice Lispector in "A Descoberta do Mundo" Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1994

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Rapidinhas

Jardineiro dos bons O Brasil é o campeão mundial em variedade de flores, com mais de 50 mil espécies catalogadas.









Rapidinho O dia em Júpiter dura apenas 10 horas.







Bico resistente O pica-pau pode dar até 100 bicadas por minuto nos troncos das árvores.










Bate bate bate O coração humano bate cerca de 100 mil vezes por dia.






http://www2.uol.com.br/JC/sites/kids/curio_rapidinhas.htm


sábado, 24 de novembro de 2007


MEIO AMBIENTE - CUIDE DA SUA CASA NATURAL


Meio ambiente é o conjunto de forças e condições que cercam e influenciam os seres vivos e as coisas em geral. Os constituintes do meio ambiente, clima, iluminação, pressão, teor de oxigênio, condições de alimentação, modo de vida em sociedade e para o homem, educação, companhia, etc.



A vida moderna é possível pelo milagre da energia que move fábricas, conserva os produtos, produz conforto e aciona equipamentos que substituem o trabalho humano. No entanto, a geração, transformação, transmissão, distribuição e o uso final da energia dependem de uma infra-estrutura cara e causam importantes impactos ambientais.

A Carta Magna, em seu artigo 225, incumbe o Poder Público e os cidadãos de preservarem o meio ambiente para as futuras gerações, assumindo assim um caráter de desenvolvimento sustentado.


sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Poesia

Definir ou conceituar "Poesia" é uma tarefa que pode ser tentada de incontáveis formas e perspectivas.

Não há definição objectiva dela, mas a poesia é, talvez, a expressão de sentimentos, emocões e sentidos do poeta em relação àquilo que o rodeia ou pelo que toma como tema, revelada numa forma escrita, cuja sonoridade e estrutura, muitas vezes se assemelha a um cântico, a um apelo, etc.

Colar de Carolina
Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina.

O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.

E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral

nas colunas da colina.
Cecília Meireles

sábado, 10 de novembro de 2007

Literatura Infantil


Abrir as portas do mundo da imaginação ao público infanto juvenil.

Opções para pesquisa:

  1. Google

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